Somente depois de ter andado por terras estranhas É que pude reconhecer a beleza da minha morada. A ausência mensura o tamanho do local perdido Evidencia o que antes estava oculto, por força do costume. Olhei minha mãe como se fosse a primeira vez, Olhei como se eu voltasse a ser criança pequena A descobrir-lhe as feições tão maternas. Abri o portão principal como quem abria Um cofre que resguardava valores incomensuráveis. As vozes de todos os dias estavam reinauguradas. Realizar a proeza de ser gerado de novo. Suas mãos sobre os meus cabelos pareciam devolver-me A mim mesmo. Mãos com poder de sutura existencial... Era como se o gesto possuísse voz, capaz de dizer: Dorme meu filho, porque enquanto você dormir Eu lhe farei de novo. Dorme meu filho, dorme... Padre Fábio de Melo
pensador.info
2 comentários:
Não concordo! Maquiavel que me desculpe mas acredito na bondade acima de todas as coisas! o homem pode ser prejudicado mas não fadado a ruína!
Acho que é uma via de mão dupla essa relação! Fazemos os dois...
- Manutenção/atualização é importante!
- Criação/produção é fundamental!
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